sábado, 11 de julho de 2009

"Enquanto não superarmos a ânsia do amor sem limites, não podemos crescer emocionalmente. Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes, é necessário ser um".

Fernando Pessoa

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Protège moi

"C'est le malaise du moment
L'épidémie qui s'étend
La fête est finie on descend
Les pensées qui glacent la raison
Paupières baissées, visage gris
On ouvre le loquet de la grille
Du taudit qu'on appelle Maison

Protège-moi, protège-moi
Protège-moi de mes désirs

Sommes nous les jouets du destin
Souviens toi des moments divins
Planants, éclatés au matin
Et maintenant nous sommes tout seul
Perdus les rêves de s'aimer
Le temps où on avait rien fait
Il nous reste toute une vie pour pleurer
Et maintenant nous sommes tout seul"


(...)


quinta-feira, 2 de julho de 2009

Sob a mesma condição.

Os ombros suportam o mundo


Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco."


(...)

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.


(Carlos Drummond de Andrade)



E ele disse por mim, o estado que se estende até onde for possível suportar, o colapso destrutivo e lento.

"Fazer-me abstrata em teu mundo"Avulsa, alheia e entorpecida.
Perdida entre os medos...e irracionalmente lúcida. Lúcida?E então não me convém, Je veux oublier. Je besoin de.


*Lendo "O Estrangeiro" - Albert Camus
Me acometo em defini-lo até o presente momento: a constatação, o que obviamentenão se vê, surpreendentemente absurdo.